Francisco quase 6, Simão quase quase 3, Leonor 1 e meio.
E um pouco sobre a perna do Simão e as noites sem dormir.
Olá!
Estou em período de férias lectivas e, apesar de não sentir que tenho mais tempo livre, obriguei-me a passar por aqui para limpar as teias de aranha do meu blog! :D
Pois é, o tempo passa a voar (costuma-se dizer) e daqui por três dias estaremos a celebrar se Deus quiser os 3 aninhos do meu Simão.
O coitado do rapaz teve um azar jeitoso, pois caiu enquanto subia ao escorrega, num final de tarde de brincadeiras no parque, e partiu os dois ossos da perna esquerda. Seguiram-se 4 semanas de gesso. E uma das mais difíceis fases que passámos até ao momento. Tirou o gesso no dia 23 de Junho; não vou esquecer pois foi véspera de feriado e eu pensei na altura: que bom!! Vai passar o feriado em casa, para se habituar a voltar a andar, e no dia seguinte (sexta-feira) já vai pelo seu próprio pé para o infantário!
Pois sim!! Que tola!! Ninguém me disse que ele não iria voltar a caminhar tão cedo!
Eu estava preparada para vê-lo coxear, até para ver a perna meio atrofiada, magrinha... agora voltar do hospital para casa com ele no colo, tal como tínhamos vivido as semanas anteriores... vê-lo em casa a 'rastejar' (pois nem era gatinhar!) para todo o lado... não, não estava preparada. Para ficar claro, no dia em que fomos tirar o gesso eu levava um par de meias e umas sapatilhas dele na mochila, tão esperançosa que estava de que ele iria querer logo experimentar andar.
Juro que me imaginei a sair daquele hospital com o rapaz a caminhar ao meu lado!
Mas não... foram mais 20 dias de angústia, pois ele demorou a dar o clique de que conseguia caminhar outra vez. Ainda não caminha na perfeição, mas para o que vivemos, está muito bom... e sabemos agora que a recuperação total vai demorar bem mais do que imaginávamos.
Foram de facto semanas complicadas.
Quando cheguei a casa naquele sábado à noite com o meu bebé de perna engessada, só me passava pela cabeça: como vamos aguentar? (nós e ele, claro!)
No entanto o tempo vai passando; passa um dia, depois uma semana. E quando te apercebes até já é normal que as coisas funcionem assim. É o bom que tem o passar do tempo. Ajuda-nos a perceber que tudo passa, tudo se faz, tudo se resolve. Às vezes, basta mesmo o tempo (esse malandro!!).
Entretanto já temos então o nosso Simão, que caminha novamente e até já corre e sobe tudo sozinho! (para angústia do meu coração que ainda está sobressaltado), quase a completar 3 anos.
E os outros quase nos 6 anos e no ano e meio.
É verdade que têm sido meses/anos desafiantes.
Costumo sempre realçar o melhor do que temos vivido, pois de facto é isso que subsiste.
Mas há algo que continua a nos transtornar e que, caso não fosse assim, certamente nos permitiria sermos uns pais ainda melhores: as noites sem dormir.
Costumamos dizer que não dormimos uma noite seguida há 6 anos (talvez mais porque no final da gravidez do Francisco, eu já não dormia nem deixava dormir). E não é totalmente mentira.
Desde o início desta aventura, talvez tenhamos dormido no total... hum... 20 noites seguidas. Digamos: 00h --- 7h da manhã.
Claro que as coisas pioraram quando nasceu o Simão e, depois do Simão, a Leonor.
Isto porque agora temos o Francisco relativamente apaziguado (começou a dormir decentemente a partir dos 5 anos, embora ainda venha amiúde para a nossa cama) mas os dois mais pequenos, além de por si só ainda não dormirem em condições, parece que combinam para se acordar um ao outro.
Nas noites em que o Simão está tranquilo, a Leonor está agitada; e vice-versa.
Pior pior, é quando eu estou a adormecer a Leonor (tipo a meio da noite, às vezes mais de uma hora para conseguir que durma outra vez!), o pai está com o Simão e o Francisco não encontra nenhum de nós na cama dos pais e vem à nossa procura...
E depois há outro pormenor: isto sucede noite, após noite, após noite...
Juro-vos que há dias em que eu nem sei como conseguimos aguentar.
E quando conseguimos ter uma noite decente, notamos bem a diferença de manhã!
Entretanto, claro que o nosso corpo já se habituou e agora basta-nos dormir 4 ou 5 horas seguidas para nos sentirmos completamente revitalizados! :D
No meio destes desabafos, claro que, como disse acima, o melhor subsiste.
(e se conseguimos dormir uma ou duas noites em condições, rapidamente esquecemos as semanas de desassossego que as precederam, porque ser mãe e pai é mesmo isto)
É maravilhoso ver os irmãos a brincar.
São deliciosas as conversas que tenho com o Francisco.
É de encher o coração os mimos e os beijos que nos dão, o apreciar as suas conquistas e o seu desenvolvimento.
Também é bom olhar para eles e ver como estão lindos e crescidos, tão crescidos que já não os recordo bebés, a nenhum deles!
São os meus filhos, o melhor de mim (de nós), o meu coração a bater fora do meu peito.
O 'projecto' mais inteiro a que me poderia dedicar.
Esta mensagem é sobretudo para vocês, pequenos.
Para que saibam que nada foi fácil, mas que tem valido (e vai continuar a valer) muito a pena.
Por vocês e porque a nossa felicidade também está convosco.
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