(As minhas) Coisas de mãe

Desde ontem de manhã, pelas 12h, quando demos conta do que se estava a passar em Pedrógão Grande, não tenho conseguido desligar-me do sucedido. Hoje passei a hora de almoço agarrada ao telemóvel, tentando acompanhar pelas plataformas online e pelas redes sociais tudo sobre o incêndio - que pelos vistos ainda está longe de estar controlado...; testemunhos de quem sobreviveu, artigos de opinião sobre o porquê e, desde já, sobre as culpas do sucedido, o balanço dos mortos e o estado dos feridos, enfim. Cada imagem, cada palavra, alimentam em mim ainda mais empatia e compaixão... normalmente fico sempre abalada com estas coisas mas desta vez, mexeu mesmo comigo. Não sei se esta necessidade de estar constantemente a par, de ler e reler e ver imagens sobre o assunto, poderá ser um pouco de sadismo da minha parte; acredito que não. Não mesmo. Esta necessidade de acompanhar os acontecimentos baseia-se num sentimento de profunda incredulidade . Acho que ainda não acredito no que aconteceu. 

Este post deveria ter sido redigido ontem de manhã, pois foi precisamente ontem de manhã que reflecti sobre isto. Desde ontem de manhã até este momento, os acontecimentos fizeram com que o conteúdo do post tenha variado um pouco. Mas decidi manter o título. Porque se ainda não é o fim da amamentação para mim e para o meu filho Francisco, pode já não estar muito distante.  Ou estarei enganada? :) ............. Ontem de manhã, pelas 6h, depois de oferecer o biberão de leite ao meu pequeno, voltei a deitá-lo na camita e dei comigo a tentar lembrar-me da última vez que lhe tinha dado maminha. Primeiro foi um pensamento natural; mas depois fiquei atordoada... o meu Francisco não mamava do meu peito desde sábado a seguir ao almoço!!!  É certo que entre essa última amamentação e ontem de manhã, ele já tinha pedido a maminha pelo menos duas vezes. Mas como ele não demonstrou insistência, e eu na ideia de que ' afinal já estou a ficar sem leite, portanto não vai adiantar de m

Olá pessoal :) Se este blog serve para alguma coisa, que seja também para partilhar as minhas reflexões e inquietações. Dei conta de um 'artigo' que saiu na imprensa nacional. O título era, e cito, 'Os bebés dormem menos (e pior) quando partilham o quarto com os pais' .  http://visao.sapo.pt/visaomais/2017-06-07-Os-bebes-dormem-menos--e-pior--quando-partilham-o-quarto-com-os-pais Vamos por partes. Antes de avançar para a minha opinião propriamente dita, gostaria de sublinhar alguns pontos que aparecem referidos no texto. - os bebés de 4 meses que pernoitavam nos seus quartos dormiam o mesmo que os bebés que dormiam no quarto dos pais (só que dormiam mais tempo 'seguido' - 45 loooongos minutos; todos sabemos que bebés pequeninos têm ciclos de sono muito curtos, é normal que estejam sempre a acordar, quer seja no quarto dos pais quer seja no seu próprio quarto) - aos 9 meses, os bebés que dormiam nos seus quartos dormiam mais 40 minutos / noite (não esp

O meu dia de aniversário é sempre um dia especial. Faço por isso, pelo menos. Começo a preparar-me antecipadamente, procuro arranjar-me com mais calma e sempre que possível, não ir trabalhar. Acordo sempre com uma aura e uma alegria particulares, procuro afastar definitivamente os pensamentos mais negativos e fechar os problemas e as preocupações atrás de uma porta pequenina lá num dos cantos mais recônditos do meu cérebro; e simplesmente desfrutar e festejar. Graças a Deus consigo, pelo menos no dia do meu aniversário, consigo! É sempre um dia especial. De balanço, de projectar o futuro, de saborear o presente e também recordar o passado. Gosto particularmente do miminho que as pessoas demonstram por nós. Mesmo com quem não tens contacto há tanto tempo, neste dia há uma palavra. Chamadas e mensagens de familiares e amigos, é bom saber e sentir de facto que somos especiais! E embora o sejamos durante o ano inteiro, no dia do nosso aniversário os que nos são mais queridos tendem